terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Safra 2009/2010 é a menor dos últimos 15 anos

Apesar da melhora no preço da caixa de laranja, citricultores tiveram de lidar com fatores climáticos, pragas e doenças

Concluída no início do mês, a safra 2009/2010 já é registrada como a menor dos últimos 15 anos, entre 260 e 310 milhões de caixas de laranja. Segundo a BR Citrus são 165 milhões de plantas no Estado de São Paulo (49 milhões de indústrias), mas 20% são de baixa produtividade. A melhor safra registrada foi a de 1999/2000, com 428 milhões de caixas, sendo 400 milhões somente no Estado. Nos outros anos a média é de 350 milhões.
A melhora no preço da caixa da laranja neste ano não aliviou os produtores: em apenas cinco meses e com poucas chuvas, a menor safra está aliada aos fatores fitossanitários e climáticos, segundo o agrônomo Walkmar Brasil de Souza Pinto, chefe da Casa de Agricultura de Bebedouro e membro da Câmara Setorial de Citricultura do Ministério da Agricultura.
Entre as causas fitossanitárias estão os intensos casos do conhecido fungo Estrelinha (podridão floral do citrus) nos pomares paulistas. A causa é pela chuva em setembro, época de florada, onde 200 milímetros foram registrados. “O controle deve ser logo no início. Foi um problema muito sério. Outro foi a Pinta Preta, que está atacando todas as regiões citrícolas e necessita, no mínimo, cinco pulverizações de fungicidas. A laranja estava com preço baixo e 90% dos produtores não fizeram o controle”, explica o especialista Valkmar Brasil.
O fator climático também conta muito para a baixa produtividade na última safra. Em fase de colheita veio a intensa seca. O agrônomo ressalta que normalmente são até 100ml de chuvas em maio, mas só houve 16ml. “Praticamente não teve chuva. Em julho teve também uma chuva que não resolveu nada. Foi longo o período de seca. Quando chegou agosto e setembro o tempo era muito seco, com temperaturas altas e baixa umidade do ar, que chegou a 10%”, afirma Brasil, explicando que a fruta libera água para a planta, onde há a perca de peso. “Foi onde os produtores reclamaram que precisavam de muita fruta para uma caixa. Este é o período mais intenso da colheita e a perda foi grande nas variedades tardias, como a pêra-rio, natal e valência”, justifica.

Maior preço

Chega a R$ 10,67 o custo de produção por caixa de laranja – sem os juros. Nesta safra, muitos produtores chegaram a receber até R$ 16/cx. O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, acredita que o preço melhor significativamente. “Houve queda de safra que já vem ocorrendo a cada ano. Excesso de chuva na florada e depois a seca fizeram com que a safra terminasse mais cedo”, explica.
Já o chefe da Casa de Agricultura defende que o melhor preço foi a partir de maio e a maioria já cumpria contrato. “De 10% a 15% não têm e são aqueles que vendem na porta da fábrica, já 85% mantiveram no preço de três dólares. As indústrias recomporam em torno de R$ 3 por caixa para ajudar alguns produtores na colheita”, justifica.

Seguro desemprego

Nesta quinta-feira (11), em Brasília, Walkmar participou de reunião com os membros da Câmara Setorial, onde solicita seguro desemprego aos trabalhadores rurais. “Trabalharam cinco meses e, para receber, tem de ser seis. A questão é levantada para que abram esta exceção por se tratar de ano atípico”, adianta.

Safra 2010/2011

Somente no final de janeiro será definida como será a nova safra, segundo o agrônomo Walkmar Brasil. “O preço animou os produtores e a safra 2011 poderá ser um pouco maior. Pode haver estabilidade se os preços se mantiverem, porque o produtor investirá nos pomares”, acredita.

Alini Fuloni – alinijornalista@hotmail.com
Jornal acidade, Monte Azul Paulista (SP)

sábado, 9 de outubro de 2010

Homem também coloca a mão na massa!

Alini Fuloni – alinijornalista@hotmail.com
Homem também coloca a mão na massa!  
A coluna Mais Sabor traz uma receita muito simples e fácil. Apesar de não aparentar, as esfirras são rápidas para preparar e de montar. O comerciante S. Wilson Roma ensina a receita que aprendeu com a esposa, D. Maria.
De origem da Síria e do Líbano, a esfirra tornou-se extremamente popular. Os recheios podem ser de carne bovina ou de frango, queijo, coalhada, palmito, calabresa, verduras temperadas ou que você tiver em casa. Confira!
O que precisa
Porção para 40 unidades
2 gemas
3 colheres de açúcar
1 col. rasa de sal
4 col. fermento biológico
2 copos (tipo americano) de água morna
1 copo de óleo
1kg de farinha
Modo de preparo
É só misturar tudo e sovar bem. Guarde um pouco de farinha para sovar. Divida a massa em bolinhas correspondentes a cada esfirra, do tamanho que você quiser. Distribua sobre superfície enfarinhada e abra com o rolo em formato redondo (use cortador se não conseguir) até atingir 0,5 cm de espessura. Coloque o recheio (nem pouco ou muito para não faltar ou vazar). Feche as pontas apertando com os dedos (sem encostar no recheio, senão não fecha) formando um triângulo. Se não apertar direito, vazará!
Você pode colocá-las na forma com as pontas viradas para baixo ou para cima. Não é necessário pincelar com gema e café. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos ou até que elas corem.
Dica
* Não use o forno a menos de 200ºC para que as esfirras não demorem a assar e fiquem duras pela perda de umidade 
S. Wilson Roma aprendeu com a esposa e hoje ensina a receita que sabe de cor (Foto - AFuloni)